quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Negritude

      Negritude (Négritude em francês) foi o nome dado a uma corrente literária que agregou escritores negros francófonos e também uma ideologia de valorização da cultura negra em países africanos ou com populações afro-descendentes expressivas que foram vítimas da opressão colonialista.

      História
Considera-se geralmente que foi René Maran, autor de Batouala, o precursor da negritude. Todavia, foi Aimé Césaire quem criou o termo em 1935, no número 3 da revista L'étudiant noir ("O estudante negro"). Com o conceito pretendia-se em primeiro lugar reivindicar a identidade negra e sua cultura, perante a cultura francesa dominante e opressora, e que, ademais, era o instrumento da administração colonial francesa (Discurso sobre o colonialismo, Caderno dum retorno ao país natal etc). O conceito foi retomado mais adiante por Léopold Sédar Senghor, que o aprofunda, opondo a razão helênica à emoção negra.
Por outro lado, a negritude é um movimento de exaltação dos valores culturais dos povos negros. É a base ideológica que vai impulsionar o movimento independentista na África. Este movimento transmitirá uma visão um tanto idílica e uma versão glorificada dos valores africanos.
O nascimento deste conceito, e o da revista Présence Africaine (em 1947) de forma simultânea em Dakar e París terá um efeito explosivo. Reúne jovens intelectuais negros de todas as partes do mundo, e consegue que a ele se unam intelectuaies franceses como Jean Paul Sartre, o qual definirá a negritude como a negação da negação do homem negro. Um dos aspectos mais provocativos do termo é que ele utiliza para forjar o conceito a palabra nègre, que é a forma pejorativa de intitular os negros em francês, em lugar do vocábulo-padrão noir, muito mais correta e adequada no terreno político.
Segundo Senghor, a negritude é o conjunto de valores culturaies da África negra. Para Césaire, esta palavra designa em primeiro lugar a repulsa. Repulsa ante a assimilação cultural; repulsa por uma determinada imagem do negro tranqüilo, incapaz de construir uma civilização. O cultural está acima do político.
Posteriormente, alguns escritores negros e mestiços criticaram o conceito, ao considerar que era demasiado simplificador: o tigre não declara sua "tigritude". Salta sobre sua presa e a devora (Wole Soyinka). O próprio Césaire se distanciou do termo, ao considerá-lo quase racista. De qualquer forma, se tratou de um conceito elaborado num momento em que as elites intelectuais indígenas de raça negra, tanto antilhanas quanto africanas, se encontravam na metrópole, e tinham pontos em comum bastante difusos (cor de pele, idioma do colonizador etc) e sobre os quais não bastava simplesmente estabelecer vínculos. De fato, alguns autores entendem que relações de amizade pessoais forjaram identidades comuns que não existiam na realidade.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cultura Afro

A cultura brasileira sofreu forte influencia da cultura africana, já que com a chegada dos escravos no período colonial, várias tradições vieram juntamente com esse povo. Veja a seguir os segmentos da cultura brasileira que mais foram influenciados.
Religião: Assim que chegaram ao Brasil muitos escravos foram obrigados a se converter ao catolicismo, porém isso era feito superficialmente, já que as raízes africanas não foram deixadas totalmente de lado. Práticas como: o candomblé, umbanda, entre outras práticas religiosas permanecem até hoje.

Música: Vários ritmos muito apreciados aqui no Brasil também foram trazidos pelos africanos. Dentre eles estão: o maracatu, a lambada, o maxixe, além de um dos ritmos mais populares de nosso país, o samba.
Manifestações artísticas: Muitas técnicas de pinturas e maneiras de fabricar as esculturas foram trazidas juntamente com os escravos, além de diversas manifestações artísticas.
Culinária: Os pratos feitos na culinária baiana são uma prova de que fomos influenciados pelo povo africano, já que o uso do dendê e de condimentos também era utilizado pelos escravos.

Consciência Negra

                     
                    Consciência Negra

História do Dia da Consciência Negra, cultura afro-brasileira, importância da data, quem foi Zumbi dos Palmares   
                                                                                                                      
História do Dia Nacional da Consciência Negra
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
Importância da Data: A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.